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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O que o jovem pensa da igreja? Você sabe?


Um dos grandes desafios dos batistas brasileiros no atual momento é o trabalho com a juventude. É comum ouvir pastores relatando a dificuldade de envolver as novas gerações na igreja. Esta é uma realidade preocupante, principalmente quando se pensa na renovação da liderança da denominação. Infelizmente, não é exceção encontrar igrejas nas quais os postos de comando sejam apenas ocupados por indivíduos de idade mais avançada, sem uma participação ativa dos membros mais novos.


Geralmente, quando se pensa nesta questão a discussão gira em torno da necessidade, ou não, de a igreja se adequar no campo estético - entenda-se aqui aspectos litúrgicos e de costumes - às demandas das novas gerações.


Entretanto, uma pesquisa sobre a religiosidade do jovem brasileiro elaborada pelo instituto alemão Bertelsmann Stifung dá indícios de que esta discussão não está sendo feita no nível correto, pois a igreja não deveria estar tão preocupada com sua forma, mas sim com o seu conteúdo, uma vez que o mesmo, muitas vezes, não tem sido relevante para a juventude.


A primeira informação retirada desta pesquisa - que foi realizada em 2007 com 1.000 pessoas com mais de 18 anos das cidades do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte, de Curitiba, de Porto Alegre, de Salvador, de Recife, de Fortaleza e de Belém - é que o jovem brasileiro é o terceiro mais religioso do mundo (quando se fala em religiosidade aqui não se está limitando apenas ao cristianismo evangélico), ficando atrás apenas dos nigerianos e dos guatemaltecos.


Porém, o trabalho do Bertelsmann Stifung também evidencia uma situação que é, no mínimo, inquietante: apesar de 95% dos brasileiros de 18 e 29 anos se dizerem religiosos e 65% afirmarem que são profundamente religiosos, apenas 35% disseram viver de acordo com os preceitos religiosos.


Este diagnóstico parece indicar que a juventude atual, ao contrário do que muitos afirmam, está muito desejosa de uma experiência com o divino. Porém, este mesmo grupo não considera tão importante uma filiação religiosa, ou a uma igreja.


E no universo batista, como se dá esta relação da igreja com a juventude? Com este questionamento em mente, OJB conversou com alguns jovens e líderes de jovens batistas do Brasil.

FÁBIO AGUIAR LISBOA


Editor de OJB

Leia a íntegra desta matéria em
O Jornal Batista

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