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sábado, 22 de dezembro de 2012

Direção e Caneladas


Está se aproximando o final do ano. Um momento em que você começa a fazer planos e projetos. Então percebe que repete alguns compromissos que você não realizou. Sente frustração e desanimo. E você desesperadamente pede uma direção de Deus.

Na verdade o correto era pedir que Deus direcionasse toda a sua vida, em todos os momentos. Mas você se lembra de fazer isso apenas naqueles de maior conflito. Mas graças a Deus que você lembra Dele. Pois Ele é o único que pode te consolar (2Co 1.3-4) e te dar paz (Fl 4.6-7).

Entretanto, você fica com a paz que o mundo oferece e não a paz de Cristo. Porque você não espera que Deus te direcione. Mas quer fazer tudo como você quer, sai correndo na frente dele. Imagine:

Você tem várias portas a sua frente e você deve abrir uma delas. Então Deus te diz: Abra a porta número dois. A sala está toda escura, mas você entra correndo. Logo dá uma canelada bem certeira em alguma coisa. Então fica gemendo e se condoendo reclamando para Deus. Então Ele diz: Eu pedi para você abrir a porta dois, não mandei você entrar correndo. Se você esperasse e me escutasse eu ia te guiar para onde está o interruptor e acender a luz.

Às vezes a direção de Deus se dá de forma frustrante. Assim como foi com Abrão e Moisés, Ele pode te dar o primeiro passo, mas não entrega todo o jogo, te guiando passo a passo. Porém você quer saber como vai ser todo o trajeto antes de sair. Ou então vai saindo, como diz o nordestino, desembestado se achando o próprio Google Maps.  Mas Deus disse para Abrão “...vai para a terra que eu te mostrarei” (Gn 12.1c) e para Moisés “eu serei  com a tua boca e com a dele [Arão] e vos ensinarei o que deveis fazer.” (Ex 4.15b). Deus não deu para Abrão um mapa do caminho e nem para Moisés um roteiro do que ele iria falar. Mas com ambos Ele foi guiando passo a passo.

Você pode evitar muita topada e canelada se você aguardar a direção de Deus. A paz de Deus não é saber todo o caminho, mas é saber que está no caminho em que Ele está no controle.

“Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos.” (Colossenses 3.15.)

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Sem bombom nem guaraná

No campo missionário, a saudade da pátria mãe às vezes se revela pela perda de coisas simples a que estamos acostumados em nosso dia-a-dia na nossa terra. As crianças parece que são as que mais sentem essa mudança radical. Acostumadas a certos hábitos, elas esperam ansiosas pela oportunidade de virem ao Brasil para poder desfrutar de coisas simples, como por exemplo, beber refrigerante de guaraná e comer chocolate.

Que o diga a família do Pr. Gerson e Sônia Tomaz e seus três filhos. Missionários na Romênia, eles guardam no armário da cozinha uma lata de guaraná e uma caixa (vazias) de bombons do Brasil. Chocolate até existe na Europa, mas guaraná é exclusivo do nosso país. Quando vêm de férias eles saciam o desejo de tomar da bebida e levam algumas latinhas desse que é o mais famoso (e para alguns, o mais gostoso) refrigerante brasileiro.

O exemplo da família Tomaz mostra que os missionários, além de sentirem privados da companhia dos familiares, do convívio com a igreja que os enviou e do contato com o seu povo, também sentem carência de coisas simples que nem imaginamos que poderiam ter importância para eles.

A lata de refrigerante e a caixa de bombons estão ali para lembrar à família que os laços com o seu país não foram desfeitos. Mas também revelam a falta de pequenas delícias que ficaram para traz e que às vezes mexem com as emoções dos obreiros.

Quando orar pelo seu missionário lembre-se de pedir a Deus que supra as suas mínimas necessidades, mesmo aquelas que nem imaginamos que eles possam ter. Quem sabe seja uma simples vontade de tomar um guaraná, ou de comer um doce ou uma fruta tipicamente brasileiros.

Os missionários sentem a ausência dessas coisas também.